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RIO GRANDE DO NORTE Fartura no caixa, crise no discurso: Com mais de R$ 17 milhões arrecadados em dezembro, os números desmentem a narrativa de crise financeira em Macau 30/12/2025 às 13:40

Para quem ainda alimenta dúvidas sobre a existência, ou não, de uma crise financeira na Prefeitura de Macau, os números oficiais ajudam a esclarecer o cenário. Ou a desmentir o discurso. Dados de repasses federais mostram que, somente no mês de dezembro, mais de R$ 7 milhões foram creditados nas contas do município, referentes ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), uma das principais fontes de receita das prefeituras brasileiras.

E o FPM não veio sozinho. Ao longo do mês, o município também recebeu outros encargos e transferências constitucionais, como recursos do SUS, Fundeb, ICMS e convênios diversos, compondo um fluxo financeiro robusto no encerramento do exercício fiscal. Tradicionalmente, dezembro é um dos meses de maior arrecadação para os municípios, justamente por concentrar repasses extras e ajustes de fim de ano.

Diante desse cenário, cresce o questionamento: onde está, de fato, a crise anunciada pela gestão municipal? A narrativa de dificuldades financeiras contrasta com a entrada expressiva de recursos públicos, o que levanta dúvidas sobre prioridades administrativas, planejamento orçamentário e execução das políticas públicas.

A população sente os reflexos dessa contradição no cotidiano. Serviços básicos enfrentam limitações, fornecedores reclamam atrasos, setores essenciais operam no limite e obras seguem paralisadas ou em ritmo lento. Ao mesmo tempo, os cofres recebem valores significativos, suficientes para ao menos minimizar gargalos históricos da cidade.

Especialistas em gestão pública apontam que crise financeira não se mede apenas pela arrecadação, mas também pela capacidade de planejamento, controle de gastos e eficiência na aplicação dos recursos. Quando há dinheiro em caixa, mas falta entrega de serviços, o problema deixa de ser financeiro e passa a ser administrativo.

Em tempos de transparência e acesso à informação, os números falam mais alto do que discursos. Cabe à gestão municipal esclarecer à sociedade como esses recursos estão sendo aplicados, quais compromissos foram assumidos e por que, apesar da entrada milionária de verbas, a sensação de escassez persiste. Afinal, se o dinheiro chega, mas o resultado não aparece, a pergunta que ecoa nas ruas de Macau é simples e direta: crise de recursos ou crise de gestão?

Encerramos mostrando, de acordo com dados do Portal da Transparência do município, que Macau recebeu somente no mês de dezembro que se encerrar amanhã, dia 31, mais de R$ 17 milhões de reais.

Na imagem, o valor em vermelho é o que destinado para educação e saúde.

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