Macau acaba de receber a expressiva quantia de R$ 1.117.801,91 referente à cota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) repassada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte. O montante, que deveria representar melhorias visíveis no cotidiano da população, levanta uma pergunta incômoda: onde, de fato, esse dinheiro está sendo aplicado?

Apesar da arrecadação milionária, o retrato da cidade está longe de refletir investimentos públicos eficientes. O que se observa nas ruas é um cenário de abandono: vias esburacadas, ausência de sinalização adequada, semáforos desativados e risco permanente para pedestres, ciclistas e motoristas. A sensação é de descaso contínuo com a mobilidade urbana e a segurança no trânsito, exatamente áreas que deveriam ser impactadas positivamente pelos recursos arrecadados com o IPVA.

Por natureza, esse imposto pago por quem possui veículo automotor tem como finalidade contribuir para a manutenção da infraestrutura viária e das políticas de trânsito. Entretanto, a distância entre o que entra nos cofres públicos e o que retorna em obras e serviços é visível a olho nu. Enquanto o dinheiro circula nas planilhas do orçamento municipal, a população circula em ruas degradadas e convive com riscos que poderiam e deveriam ser evitados.

O fato é que, se o volume de recursos é grande, maior parece ser a incompetência administrativa para transformá-los em benefícios concretos. A conta não fecha: arrecadação alta, serviços precários, transparência limitada. O resultado é uma cidade mergulhada no caos, onde o contribuinte paga caro e recebe pouco.

Em tempos de discurso fácil e promessas repetidas, Macau cobra respostas objetivas:

Quanto do IPVA foi investido em trânsito e mobilidade?

Quais obras foram realizadas?

Com a palavra…