23 março de 2024 Cansados de sofrerem com a falta de climatização nas salas de aula, alunos e professores da rede estadual em Macau protestam por melhorias nas escolas

O forte calor registrado em todo Brasil desde a semana passada tem prejudicado o desempenho de estudantes e professores da rede estadual de ensino em Macau. Na semana passada, um aluno precisou de atendimento médico após convulsionar várias vezes, inclusive sendo encaminhado para Natal devido à gravidade do seu estado de saúde. Uma professora também precisou ser socorrida até o hospital local para ser medicada.

A falta de climatização nas salas de aula de algumas escolas da rede estadual, mais precisamente das escolas Donana Avelino, José Olavo do Vale e Maria de Lourdes, provocou a revolta dos alunos, pais e professores, que na manhã de ontem, sexta-feira (22), foram às ruas protestar e cobrar melhorias a 6ª Direc – Diretoria Regional de Educação e Cultura.

Alunos também reivindicaram água de qualidade. A água nos bebedouros das escolas vem diretamente da rede da Caern, a conhecida “água barreral”, causando desconfortos no estômago como por exemplo; dor de barriga, entre outros problemas de saúde.

De acordo com informações de um professor que leciona na escola José Olavo do Vale, em uma sala pequena sem nenhuma estrutura adequada, em alguns casos, passa de 40 o número de alunos. A 6ª Direc-Macau tem conhecimento de casos dessa natureza, mas insiste em manter esse número absurdo de alunos em um espaço inadequado com apenas dois ventiladores. Ainda segundo o professor, duas alunas precisaram de atendimento médico nos últimos dias.

Alunos da Escola Estadual Professora Clara Tetéo, também estão sofrendo com a falta de climatização nas salas de aula, e de acordo com informações dos próprios professores, os aparelhos de refrigeração (ar-condicionado) estão na escola há mais de 4 anos, e até o momento não foram instalados, e não se sabe por qual motivo e onde estão guardados.

Relato de um professor que chegou até a nossa Redação, retrata o abandono das escolas estaduais, não só em Macau.

“Por falta de merenda escolar ano passado, várias escolas como José Olavo e Clara Tetéo, ficaram sem aulas. E isso não aconteceu só em Macau. Escolas de Pendências e o CEEPE de Alto do Rodrigues, também passaram por essa situação, além da estrutura física está comprometida. Os jovens estão indo para o caminho errado porque não tem perspectiva de nada”, declarou o professor, que por questões profissionais, vamos manter no anonimato sua identidade.

O movimento se encerrou em frente a 6ª Direc-Macau com os alunos cobrando melhorias.

Fotos: Henrique Carvalho e JC

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